Fraudes Veiculares (Clones, Veículos Adulterados, Identificação Veicular etc.) e Golpes!

29 outubro 2024

Consulta Número Motor - Fiat


 


O número do motor é de grande importância para a identificação veicular por várias razões, tanto no âmbito de segurança quanto na manutenção e regularização do veículo. Algumas montadoras possuem particularidades em relação à forma de consulta desse número. Até 1999, por exemplo, os motores dos veículos Fiat eram identificados e consultados principalmente pelo número de série.

Exemplo: 4958740



A partir do ano de 2000, com o lançamento dos novos motores Fiat, modelo “Fire”, para realizar uma consulta de motor, deveremos consultar toda numeração, inclusive os asteriscos.

Exemplo: 178F3011*8082771*




14 outubro 2024

Roteiro de Vistoria Veicular / Cabritômetro




No processo de vistoria de veículos, o vistoriador deve seguir o roteiro de vistoria com atenção a diversos aspectos que podem indicar possíveis adulterações, irregularidades ou danos que comprometam a autenticidade do veículo. O roteiro de vistoria serve como uma guia para garantir uma análise minuciosa e sistemática, permitindo a identificação de fraudes, histórico de acidentes, ou trocas de peças não informadas.

Aqui estão os principais pontos nos quais o vistoriador deve focar:

  1. Placas: O ano de fabricação das placas corresponde ao ano de fabricação do veículo?

  2. Vidros: Existem dois ou mais vidros com o ano de fabricação diferente do ano de fabricação do veículo?

  3. Cintos de Segurança: O ano de fabricação dos cintos de segurança coincide com o ano de fabricação do veículo?

  4. Etiquetas Autocolantes:

    • Existem pelo menos duas etiquetas autocolantes presentes no veículo?
    • Alguma das etiquetas autocolantes está se soltando com facilidade?
  5. Componentes Diversos: Há, no mínimo, três peças (como borrachas, tampas de reservatório, partes plásticas etc.) com o ano de fabricação diferente do ano de fabricação do veículo?

  6. Carroceria: Existe alguma gravação na carroceria (lataria) indicando um ano de fabricação diferente do ano de fabricação do veículo?

  7. Histórico de Acidentes: O veículo já passou por acidentes de grande monta ou foi declarado como perda total?

  8. Chassi:

    • A tinta sobre o chassi se desprende facilmente?
    • Existe brilho ou marcas de lixa no local da gravação do chassi?
  9. Número de Identificação do Veículo (NIV): O Número de Identificação do Veículo (NIV) está presente no manual do proprietário?

CABRITÔMETRO
"Cabrito" é uma expressão informal e humorística usada no meio automotivo para se referir a uma forma de identificar se um veículo é "cabrito", ou seja, adulterado, clonado ou com irregularidades. Veículos assim costumam ter sinais de remarcação de chassi, componentes trocados sem procedência, documentos falsificados ou são resultados de práticas ilícitas, como roubo ou furto seguido de clonagem.

O link "Cabritômetro" à direita oferece um roteiro prático para fiscalização. Durante a vistoria, basta responder "Sim" ou "Não" a cada item avaliado.

09 outubro 2024

Fraude em Registros de Veículos


 


Além dos veículos exportados, muitos automóveis pertencentes ao Exército ou utilizados por mineradoras também são frequentemente alvo de fraudes. Isso ocorre porque esses veículos, por serem empregados em ambientes restritos ou em atividades específicas, geralmente não possuem histórico de emplacamento. Após a identificação do chassi por grupos criminosos, esses veículos tornam-se vulneráveis a esquemas fraudulentos.

A fraude inicia-se quando os criminosos descobrem esses veículos. Eles falsificam a documentação necessária, criando notas fiscais fraudulentas ou utilizando empresas "laranjas", que servem apenas para dar aparência de legalidade ao processo. Essas empresas são criadas com o único propósito de "esquentar" o veículo, permitindo que ele seja registrado no sistema como se fosse um automóvel novo ou semi-novo, mesmo que anos tenham se passado desde sua fabricação.

Esse tipo de golpe pode resultar em enormes prejuízos para os compradores desavisados. Ao adquirirem esses veículos, eles podem enfrentar sérios problemas de documentação, que podem levar à apreensão do carro e até a processos legais. Muitas vezes, os compradores não têm ideia da procedência ilícita do veículo até que seja tarde demais, o que pode causar uma frustração significativa e prejuízos financeiros consideráveis.

Além disso, a falta de rastreabilidade desses veículos facilita a ocultação de veículos roubados ou com histórico de adulteração. Isso representa um risco não apenas para os compradores, mas também para o mercado automotivo como um todo, que pode ser prejudicado pela desconfiança gerada por tais práticas ilegais.

Portanto, é fundamental que os potenciais compradores realizem uma verificação minuciosa do histórico do veículo antes da aquisição. Isso inclui consultar órgãos competentes, utilizar serviços de checagem de histórico veicular e garantir que a origem do automóvel seja legítima. Estar bem informado e atento pode ajudar a evitar fraudes e assegurar uma compra segura e confiável.

02 outubro 2024

Fraude da Carretinha/Semirreboque


A adulteração de semirreboques é uma prática criminosa cada vez mais sofisticada, envolvendo diversas etapas de modificação tanto física quanto documental, com o objetivo de esconder a origem ilícita do veículo, muitas vezes roubado. Um dos métodos de adulteração é o uso de um chassi de outro veículo, geralmente de uma carretinha leve com PBT (Peso Bruto Total) muito inferior, como 500kg (um eixo), para "legalizar" um semirreboque roubado, que pode ter um PBT de 27 toneladas ou mais e com três eixos.

Adulteração de semirreboques

O processo de adulteração geralmente começa com o roubo de um semirreboque. Este tipo de veículo, por ser valioso e amplamente utilizado no transporte de cargas pesadas, é um alvo frequente de criminosos. Após o roubo, os golpistas buscam maneiras de dificultar a identificação do veículo e evitar sua recuperação pelas autoridades.

Nesse processo, o número do chassi original do semirreboque é raspado e substituído pelo número de chassi de um veículo leve, como uma carretinha de 500kg. Essa adulteração pode ser realizada de forma física, gravando o novo número no chassi do semirreboque, ou pode envolver a falsificação dos documentos para que o número de chassi adulterado coincida com a documentação falsificada.

O processo de decodificação do chassi e a verificação minuciosa dos dados de um veículo são fundamentais para garantir que você está adquirindo um veículo legítimo e seguro, especialmente em casos que envolvem fraudes veiculares, como no exemplo da fraude da carretinha ou semirreboques.

O chassi é composto por uma sequência de 17 caracteres, cada um contendo informações específicas sobre o veículo. Ao decodificar o chassi, você consegue obter detalhes importantes como o país de origem, o fabricante, o modelo, o tipo de carroceria, o motor, e, especialmente, as características estruturais do veículo, conhecidas como VDS (Vehicle Descriptor Section), que define as principais características, como o peso, dimensões e tipo de veículo.

Importância do VDS e da análise de dados no Detran

  • VDS: Como você mencionou, o VDS inclui informações críticas sobre o veículo. Um erro ou incompatibilidade nessa seção pode indicar adulteração. Por exemplo, se a descrição no VDS se refere a um veículo leve, mas você está diante de um semirreboque pesado, isso pode ser um indício de fraude.

  • Verificação no Detran: Ao consultar o Detran, você pode acessar dados do histórico do veículo, como restrições, multas, IPVA pendente, e, principalmente, a informação sobre o PBT (Peso Bruto Total). O PBT é a capacidade máxima de carga do veículo. No exemplo, o Detran pode indicar um PBT de 500 kg, que seria adequado para um reboque leve. No entanto, se o semirreboque tem um PBT real de 27 toneladas, isso indica claramente uma incompatibilidade.

Essa discrepância no PBT sugere uma possível fraude de adulteração de documentação, onde o veículo registrado como sendo de uma categoria leve (menor PBT) é, na verdade, um veículo muito mais pesado e robusto.

Dicas para evitar esse tipo de fraude:

  1. Decodificação do chassi: Utilize ferramentas confiáveis para decodificar o número do chassi e verificar as informações fornecidas pelo fabricante.
  2. Consulta no Detran: Compare os dados obtidos com as informações fornecidas no sistema do Detran. Qualquer discrepância, especialmente em características como PBT, dimensões e tipo de veículo, deve ser investigada mais a fundo.
  3. Vistorias cautelares: Realizar uma vistoria cautelar em empresas especializadas pode ajudar a detectar adulterações no chassi, pintura, e possíveis fraudes na documentação.

Essa análise detalhada do chassi e dos dados é essencial para garantir que você não está adquirindo um veículo com irregularidades.