Fraude da Carretinha/Semirreboque
Adulteração de semirreboques
O processo de adulteração geralmente começa com o roubo de um semirreboque. Este tipo de veículo, por ser valioso e amplamente utilizado no transporte de cargas pesadas, é um alvo frequente de criminosos. Após o roubo, os golpistas buscam maneiras de dificultar a identificação do veículo e evitar sua recuperação pelas autoridades.
Nesse processo, o número do chassi original do semirreboque é raspado e substituído pelo número de chassi de um veículo leve, como uma carretinha de 500kg. Essa adulteração pode ser realizada de forma física, gravando o novo número no chassi do semirreboque, ou pode envolver a falsificação dos documentos para que o número de chassi adulterado coincida com a documentação falsificada.
O processo de decodificação do chassi e a verificação minuciosa dos dados de um veículo são fundamentais para garantir que você está adquirindo um veículo legítimo e seguro, especialmente em casos que envolvem fraudes veiculares, como no exemplo da fraude da carretinha ou semirreboques.
O chassi é composto por uma sequência de 17 caracteres, cada um contendo informações específicas sobre o veículo. Ao decodificar o chassi, você consegue obter detalhes importantes como o país de origem, o fabricante, o modelo, o tipo de carroceria, o motor, e, especialmente, as características estruturais do veículo, conhecidas como VDS (Vehicle Descriptor Section), que define as principais características, como o peso, dimensões e tipo de veículo.
Importância do VDS e da análise de dados no Detran
VDS: Como você mencionou, o VDS inclui informações críticas sobre o veículo. Um erro ou incompatibilidade nessa seção pode indicar adulteração. Por exemplo, se a descrição no VDS se refere a um veículo leve, mas você está diante de um semirreboque pesado, isso pode ser um indício de fraude.
Verificação no Detran: Ao consultar o Detran, você pode acessar dados do histórico do veículo, como restrições, multas, IPVA pendente, e, principalmente, a informação sobre o PBT (Peso Bruto Total). O PBT é a capacidade máxima de carga do veículo. No exemplo, o Detran pode indicar um PBT de 500 kg, que seria adequado para um reboque leve. No entanto, se o semirreboque tem um PBT real de 27 toneladas, isso indica claramente uma incompatibilidade.
Essa discrepância no PBT sugere uma possível fraude de adulteração de documentação, onde o veículo registrado como sendo de uma categoria leve (menor PBT) é, na verdade, um veículo muito mais pesado e robusto.
Dicas para evitar esse tipo de fraude:
- Decodificação do chassi: Utilize ferramentas confiáveis para decodificar o número do chassi e verificar as informações fornecidas pelo fabricante.
- Consulta no Detran: Compare os dados obtidos com as informações fornecidas no sistema do Detran. Qualquer discrepância, especialmente em características como PBT, dimensões e tipo de veículo, deve ser investigada mais a fundo.
- Vistorias cautelares: Realizar uma vistoria cautelar em empresas especializadas pode ajudar a detectar adulterações no chassi, pintura, e possíveis fraudes na documentação.
Essa análise detalhada do chassi e dos dados é essencial para garantir que você não está adquirindo um veículo com irregularidades.
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