Marcações em Peças de Veículos Podem Revelar Fraudes!!!

Marcações em Peças de Veículos Podem Revelar Fraudes!!!

  julho 30, 2025    AlertaVeicular

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Quando falamos em verificar a originalidade de um veículo, a maioria das pessoas pensa apenas no número do chassi, no motor e na consulta pelo RENAVAM. Mas existe um universo de marcações não rastreáveis em sistemas públicos, que são essenciais para peritos e vistoriadores identificarem fraudes: as etiquetas, gravações e marcações internas de fábrica nas peças do veículo.

Essas marcações estão presentes em lugares discretos, muitas vezes imperceptíveis ao olhar comum, mas que dizem muito sobre a origem e integridade do veículo.

Onde essas marcações aparecem?

Essas etiquetas, códigos ou gravações podem ser encontrados em:

• Mangueiras do sistema de arrefecimento e admissão

• Chicotes elétricos

• Lataria interna (assoalho, colunas, paralamas, cofre do motor)

• Plásticos internos (forros de porta, painéis, console)

• Plaquetas de portas, etiquetas no porta-malas e capo

• Vidros (que trazem o ano e o mês de fabricação)

• Peças do sistema de escapamento ou suspensão

• Módulos eletrônicos e sensores

Qual a função dessas marcações?

Esses códigos têm como objetivo principal o controle interno de produção da montadora. Eles informam:

• Data exata de fabricação da peça (ano, mês e até o dia)

• Lote de produção

• Código do fornecedor ou terceirizado

• Versão ou especificação técnica da peça

• Rastreabilidade de componentes e montagem final

Por que isso é importante na identificação veicular?

Mesmo sem consulta pública disponível, essas marcações são amplamente usadas por peritos criminais e vistoriadores técnicos, porque:

1. Permitem confrontar a peça com o ano-modelo do carro

   • Exemplo: um Onix 2019 com chicotes ou mangueiras fabricadas em 2022? Incompatível.

2. Revelam trocas não declaradas de componentes

   • Indícios de colisão, sinistro, reforma ou mesmo montagem irregular.

3. Indicam possível origem de veículos montados com peças de desmanche

   • Quando várias peças têm datas ou códigos de veículos diferentes, há forte suspeita de adulteração.

4. Podem fundamentar a emissão de uma Carta Laudo da Montadora

   • Essa carta é emitida pela fábrica mediante análise das fotos dessas peças, e pode confirmar se um carro é legítimo ou uma montagem irregular.

Exemplo prático

Imagine um veículo com todas as marcações internas (etiquetas, mangueiras, forros e chicotes) mostrando ano 2020, mas o documento diz que o veículo é de 2017.

Isso é um sinal de alerta!

Pode se tratar de:

• Carro sinistrado com estrutura substituída

• Veículo clonado com peças de outro

• Montagem ilegal de diferentes veículos

 Mesmo que essas marcações não apareçam nas consultas oficiais (Detran, Sinesp, etc.), elas são fundamentais em uma análise técnica.

Se você estiver comprando um carro usado, observe com atenção os detalhes internos — eles podem revelar uma fraude antes invisível.

Em casos de suspeita de adulteração, clonagem ou montagem irregular, a autoridade policial pode solicitar uma Carta Laudo diretamente à montadora. Essa carta é um documento técnico que confirma se as peças e marcações internas são compatíveis com o número do chassi e com o ano/modelo do veículo, sendo uma ferramenta essencial em investigações de fraudes veiculares.