Fraudes Veiculares (Clones, Veículos Adulterados, Identificação Veicular etc.) e Golpes!

28 maio 2025

O que são Restrições Administrativas e Judiciais em Veículos?


 

Quando um veículo apresenta restrições registradas em sistemas oficiais, como os do DETRAN, DENATRAN ou órgãos judiciais, ele passa a ter limitações legais que podem impedir sua circulação em vias públicas, sua transferência de propriedade, o licenciamento anual e até mesmo sua comercialização.

Essas restrições funcionam como travas administrativas ou judiciais impostas por diferentes motivos — desde pendências financeiras, inadimplementos contratuais, bloqueios por decisões judiciais, até questões de segurança veicular. Elas são registradas para garantir que situações irregulares sejam resolvidas antes que o veículo continue circulando ou seja transferido a terceiros.

De forma geral, as restrições se dividem em duas categorias principais:

  • Administrativas: derivadas de pendências junto a órgãos de trânsito, instituições financeiras, seguradoras ou empresas leiloeiras.

  • Judiciais: resultantes de decisões oriundas de processos cíveis, criminais, trabalhistas ou ações envolvendo busca, apreensão e reintegração de posse.

Exemplos de Restrições Administrativas
Motivo Situação Comum Observação
Débitos pendentes Multas, IPVA, Licenciamento atrasado Regulariza pagando as dívidas
Restrição de Leilão Veículo vendido em leilão (sinistro, recuperação) Fica registrado no histórico do veículo
Restrição de Gravame Financiado, Leasing, CDC Libera após quitação
Falta de Vistoria Veículos de carga, transporte escolar, GNV Regulariza após vistoria
Baixa de placa Veículo fora de circulação Necessário reativar ou reequipar


Exemplos de Restrições Judiciais

Motivo Situação Comum Observação
Busca e Apreensão Veículo financiado com inadimplência O banco pode tomar o veículo
Determinação Judicial Bloqueio em processo cível, criminal ou trabalhista Pode envolver partilha de bens, investigação
Fraude Veículo clonado ou com adulteração Muitas vezes é apreendido para perícia
Ordem de Reintegração Veículo alugado, locadora, frotista Impede transferência

 O que fazer se o veículo tiver restrição?

  1. Identifique o tipo de restrição no site do DETRAN ou através de uma consulta veicular completa.

  2. Verifique a origem da pendência — pode ser algo simples, como um débito de IPVA, ou algo mais complexo, como uma ação judicial.

  3. Para restrições administrativas, entre em contato com o proprietário para regularizar a situação (pagamento de débitos, vistoria, etc).

  4. Para restrições judiciais, é preciso analisar o processo judicial envolvido — em muitos casos, apenas por decisão judicial o veículo poderá ser liberado.

  5. Evite negócios arriscados! Sempre consulte o histórico completo antes de comprar ou transferir um veículo.

A identificação dessas restrições é essencial tanto para o proprietário regularizar o veículo, quanto para compradores evitarem fraudes e prejuízos futuros. Por isso, a consulta prévia e detalhada do histórico veicular é uma etapa indispensável em qualquer transação.

26 maio 2025

Etiquetas ETA – Identificação de Segurança Veicular!


 

Quando o assunto é segurança e autenticidade veicular, a etiqueta ETA, desempenha um papel fundamental. Ela é um dos elementos mais importantes na hora de identificar um veículo de forma confiável e detectar possíveis fraudes, adulterações ou clonagens.

Origem e obrigatoriedade

A obrigatoriedade do VIS no Brasil foi estabelecida pela Resolução nº 691/1988 do CONTRAN, que determinou que, além da gravação no chassi, os veículos também deveriam contar com caracteres de identificação VIS em locais estratégicos da carroceria.

Essas identificações devem ser feitas por meio de chapas, plaquetas ou etiquetas autocolantes com espessura mínima de 0,2 mm, aplicadas por solda, rebite ou colagem com material destrutível, ou seja, que se rompe caso haja tentativa de remoção ou reutilização.

Segundo a norma, o número VIS deve estar presente obrigatoriamente em três pontos do veículo:

  1. No assoalho, abaixo do banco dianteiro direito

  2. Na coluna da porta dianteira direita

  3. No compartimento do motor

Esses pontos foram escolhidos por dificultarem o acesso e a adulteração, além de permitirem fácil verificação durante uma vistoria.

Evolução tecnológica: a etiqueta de segurança CONFIRM

Com o tempo, as montadoras adotaram tecnologias mais avançadas para garantir a autenticidade do VIS. Uma das mais utilizadas é a etiqueta de identificação CONFIRM, fabricada com tecnologia da 3M. Ela é composta por:

  • Um filme de segurança laminado, com elementos gráficos e holográficos

  • Uma janela pré-cortada, onde é impresso o número do VIN ou VIS

  • Uma imagem customizada do fabricante

  • Elementos de segurança que só aparecem sob luz específica, como lanternas com luz branca

Lanterna

Lanterna

Sinal holográfico 


Substituição da parte interna da etiqueta
 

Esse tipo de etiqueta é difícil de reproduzir, bem como ser removida sem danos e permite verificar, visualmente, a originalidade da peça em que está colada.


Quantidade de etiquetas e variações

Embora a Resolução 691/88 tenha previsto três pontos obrigatórios, outras normas posteriores, como a Resolução CONTRAN nº 24/1998, ampliaram a aplicação de etiquetas em diferentes locais da carroceria, variando conforme o fabricante.

Atualmente, muitos veículos contam com etiquetas ETA em portas, colunas, porta-malas, capô, paralamas, teto e até painéis internos. O número e os locais exatos podem variar, mas a lógica é sempre a mesma: dificultar a adulteração e facilitar a checagem.

O que observar em uma vistoria

Na hora de avaliar um carro, fique atento a sinais de adulteração nas etiquetas ETA:

  • Etiquetas rasgadas, borradas, desbotadas ou desalinhadas

  • Etiquetas faltando em locais onde normalmente deveriam estar

  • Presença de cola fresca ou marcas de remoção

  • Divergência entre o número da etiqueta e o número do chassi/VIN

Se houver dúvida, utilize uma lanterna adequada para verificar os elementos ocultos e compare com os padrões originais do fabricante. Qualquer anormalidade deve ser investigada com cuidado, pois pode indicar clonagem, remarcação ou montagem irregular.

A etiqueta ETA é muito mais do que um adesivo colado no carro — ela é uma ferramenta de segurança que ajuda a proteger o consumidor e o patrimônio. Em uma compra de veículo usado, verificar a presença, originalidade e estado das etiquetas é fundamental para evitar cair em golpes.

No Alerta Veicular, reforçamos sempre a importância da vistoria minuciosa e da informação correta. Compartilhe este conteúdo e ajude outras pessoas a se protegerem de fraudes automotivas.



Esse recurso permite verificar se a etiqueta foi adulterada, removida ou substituída, sendo um importante aliado na identificação veicular e combate a fraudes.


Outros modelos de Etiquetas 





Onde ficam essas etiquetas?
As etiquetas ETA são aplicadas em diferentes partes da carroceria, como portas, colunas, capô e tampa do porta-malas. De acordo com a regulamentação original, os veículos devem ter pelo menos três etiquetas, fixadas em locais definidos pelo fabricante e de difícil substituição.





23 maio 2025

Modelo de Recurso de Multa de Veículo Clonado!


 


ILUSTRÍSSIMO SENHOR SUPERINTENDENTE/PRESIDENTE (ÓRGÃO QUE EMITIU A MULTA)

Eu, [NOME COMPLETO], nacionalidade brasileira, natural de [LOCAL DE NASCIMENTO], nascido(a) em [DATA DE NASCIMENTO], com [IDADE] anos, estado civil [ESTADO CIVIL], filho(a) de [NOME DO PAI] e [NOME DA MÃE], inscrito no CPF sob o número [CPF], residente e domiciliado(a) à [ENDEREÇO COMPLETO], bairro [BAIRRO], no município de [CIDADE], CEP [CEP], telefone [TELEFONE], venho, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, com fundamento no artigo 285 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997), interpor o presente Recurso Administrativo contra a aplicação de penalidade por suposta infração de trânsito, conforme notificação anexa, pelas razões a seguir expostas:

DA AUTUAÇÃO


IMAGEM DA MULTA



De acordo com a notificação (Auto de Infração nº [NÚMERO DO AUTO]), o veículo [MARCA/MODELO], de placas [PLACA], teria, no dia [DATA DA INFRAÇÃO], às [HORÁRIO], excedido o limite de velocidade na BR-[RODOVIA], KM [KM], no município de [MUNICÍPIO].

Contudo, é com surpresa que recebo tal notificação, uma vez que o veículo fotografado não pertence à minha propriedade, tratando-se de um caso evidente de clonagem.


DAS EVIDÊNCIAS DA CLONAGEM

Tal fato pode ser comprovado por divergências claras entre o veículo original e aquele registrado pela fiscalização. O veículo fotografado apresenta as seguintes características que não condizem com o veículo de minha propriedade:

  • [DIVERGÊNCIA 1] (Ex.: ausência de adesivo na parte superior da placa);
  • [DIVERGÊNCIA 2] (Ex.: retrovisores diferentes do modelo original);
  • [DIVERGÊNCIA 3] (Ex.: inexistência de fita refletiva nas rodas do veículo original);
  • [DIVERGÊNCIA 4] (Ex.: capacete do condutor distinto do utilizado por mim).
  • [OUTRAS DIVERGÊNCIAS) (Ex.:                                                                   )

Além disso, destaco que adquiri a motocicleta [MARCA/MODELO] no dia [DATA DA COMPRA], junto à empresa [NOME DA EMPRESA], inscrita no CNPJ [CNPJ], conforme Nota Fiscal nº [NÚMERO DA NOTA FISCAL] (anexa). Desde a aquisição, o veículo foi utilizado exclusivamente no Estado de [ESTADO DE USO], não havendo deslocamentos para outras regiões, especialmente para [LOCAL DA INFRAÇÃO].


INSERIR IMAGENS DO VEÍCULO ORIGINAL X VEÍCULO CLONADO


DAS PROVIDÊNCIAS ADOTADAS

Ao perceber a clonagem, imediatamente tomei as providências cabíveis e registrei o Boletim de Ocorrência nº [NÚMERO DO BOLETIM], junto à Delegacia de Polícia Civil do Estado de [ESTADO] (cópia anexa), a fim de formalizar a denúncia e prevenir a atribuição de novas responsabilidades indevidas.

 DO PEDIDO


Diante do exposto solicito o CANCELAMENTO da penalidade imposta com a consequente exclusão dos pontos lançados no prontuário deste condutor;

 

Termos em que,

 

Pede deferimento.

  

___________________/____, _______ de _______________________de _________

 

 

 __________________________________________

NOME

CPF _________________

Telefone ______________________

 


19 maio 2025

A Importância de Verificar o Verso da Chapa do Chassi para Detectar Fraudes Veiculares!


 


A adulteração do chassi de um veículo é uma prática criminosa frequentemente associada a roubos, furtos e fraudes em documentos. Uma das formas mais eficazes de identificar essa irregularidade é examinar não apenas a parte visível do chassi, mas também o verso da chapa onde ele está gravado. Essa análise pode revelar indícios de manipulação, como soldas, raspagens ou até mesmo vestígios do número original, que muitas vezes permanecem mesmo após a adulteração.

Por que o Verso da Chapa é Relevante?

O chassi, que funciona como o "RG do veículo", é geralmente marcado em uma placa metálica ou estampado diretamente no monobloco do carro. Criminosos costumam adulterá-lo por meio de técnicas como:

  • Raspagem e regravação: removendo a numeração original e aplicando uma nova.

  • Substituição da placa: soldando uma chapa falsa sobre a original.

  • Alteração química ou térmica: usando ácidos ou calor para apagar e modificar os caracteres.

No entanto, mesmo quando a superfície é alterada, o verso da chapa pode preservar sinais do número original, seja por meio de relevo, marcas de prensagem ou resquícios da gravação anterior. Isso ocorre porque a força aplicada na estampagem do chassi muitas vezes deixa uma impressão profunda no metal, que não é completamente eliminada pelos fraudadores.

O que Procurar no Verso da Chapa?

Ao examinar o verso da chapa, é possível detectar:

  1. Sinais de solda – Se a placa foi removida e recolocada, o verso pode apresentar marcas de solda ou resíduos de metal derretido.

  2. Relevo ou marcas do número original – Mesmo após raspagem, a pressão da gravação inicial pode ter deixado um "fantasma" do chassi verdadeiro no metal.

  3. Desníveis ou irregularidades – Uma chapa adulterada pode estar mal fixada, com rebarbas ou espessura anormal.

  4. Corrosão ou pintura inconsistente – Áreas repintadas ou com ferrugem podem indicar manipulação.

Técnicas de Inspeção

Além da análise visual, é recomendável:

  • Usar um espelho de inspeção e luz oblíqua para identificar relevos ou marcas residuais.

  • Tocar a superfície para sentir irregularidades ou texturas suspeitas.

  • Comparar com outros veículos do mesmo modelo, pois a posição e o tipo de fixação da chapa costumam ser padronizados.

  • Utilizar lentes de aumento ou até mesmo técnicas forenses, como revelação química, em casos suspeitos.

A verificação do verso da chapa do chassi é uma etapa crucial na perícia veicular, pois muitas adulterações são feitas de maneira apressada, deixando vestígios na parte oculta. Além disso, o verso pode revelar indícios do número original, mesmo quando a frente foi adulterada. Autoridades, lojistas e compradores de veículos usados devem adotar essa prática para evitar transações envolvendo carros clonados ou roubados. Em um mercado onde a fraude é constante, a atenção aos detalhes pode significar a diferença entre adquirir um veículo legítimo ou cair em um golpe. Portanto, olhar além do óbvio é essencial para garantir a segurança e a legalidade na compra e venda de automóveis.


12 maio 2025

Como identificar sinais de fraude olhando apenas por fora do carro!


 


Você está pensando em comprar um carro usado? Ou quer saber se o veículo que dirige está mesmo em situação regular?

A boa notícia é que você não precisa ser especialista e nem abrir a porta do carro para começar uma análise. Isso mesmo: detalhes visíveis do lado de fora já podem revelar muito sobre a origem do veículo — e até indicar se há adulterações ou fraudes.

Neste post, você vai aprender a fazer uma verificação externa rápida e eficiente, observando apenas três elementos: placas, vidros e documentos. Uma avaliação simples que pode evitar prejuízo, dor de cabeça e até problemas com a polícia.

O que você pode observar do lado de fora:

1. Placas (Dianteira e Traseira)

As placas são um dos primeiros sinais que podem levantar suspeitas.

Se for modelo antigo (Nacional), deve conter:

  • Lacre na traseira

  • Tarjeta com UF e município

Se for modelo novo (Mercosul):

  • Deve conter QR Code

  • Possui 4 letras e 3 números (formato ABC1D23)

  • Sem lacre ou tarjeta

Placa mal fixada, com aparência recente, sem QR Code ou com inconsistências pode ser indício de clonagem ou adulteração.


2. Vidros (Para-brisa, laterais e traseiro)

Observe se os vidros possuem a gravação do número do chassi.
Por lei, essa numeração deve estar presente em vários pontos, de forma clara e uniforme.
Fique atento a:

  • Vidros com gravações diferentes entre si

  • Ausência do número do chassi

  • Vidros substituídos por modelos de outros anos ou marcas

Isso pode indicar reparo após sinistro, troca indevida ou adulteração para esconder a verdadeira identidade do veículo.

               


3. Documentação (CRLV / CRV)

Mesmo antes de entrar no carro, peça para ver os documentos e compare com o que você está vendo fisicamente:

  • Placa: bate com o que está no carro?

  • Marca, modelo e versão: condiz com o visual do veículo?

  • Cor e categoria (particular, aluguel, etc.): está tudo certo?

  • Ano/modelo: corresponde ao padrão visual e fabricação?

Qualquer divergência já é motivo para ligar o alerta.

O antigo documento em papel moeda (CRLV físico) não é mais emitido desde 2021, sendo substituído pelo CRLV-e, que é digital e tem o mesmo valor legal. Ele pode ser apresentado na tela do celular ou impresso em papel comum (A4), contendo um QR Code para verificação de autenticidade.


A importância da Placa Mercosul

Desde 2018, o Brasil adota o modelo de placa Mercosul, que trouxe mais segurança e integração com outros países do bloco.

Principais diferenciais:

  • QR Code com informações do veículo e do fabricante

  • Número de série único

  • Dificuldade de falsificação

  • Dispensa do lacre, substituído por identificação digital

Algumas ferramentas permitem até consultar dados escaneando o QR Code. Uma inovação que ajuda a coibir fraudes.



Observação: Em muitos veículos, o número do chassi pode ser visto pela parte externa, geralmente através de uma pequena janela no para-brisa (lado direito inferior). Essa é uma forma prática de confirmar se o número visível bate com o registrado no documento.

Atenção: qualquer divergência, por menor que seja, pode ser sinal de:

  • Erro de registro

  • Fraude documental

  • Veículo adulterado ou clonado

E lembre-se: se o vendedor não apresentar o CRLV-e atualizado, desconfie. Esse é um dos documentos básicos em qualquer negociação.

Atenção aos detalhes pode evitar grandes prejuízos

Uma análise externa bem feita pode revelar muito — antes mesmo de abrir o carro ou contratar um laudo. Isso pode te salvar de comprar um veículo clonado, adulterado ou com histórico comprometido.

Sempre que for avaliar um carro usado, observe os sinais externos com calma. E se tiver dúvida, busque ajuda especializada.

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06 maio 2025

O que significa "REM" no final do número do chassi?


 


Entenda esse detalhe que pode revelar muito sobre a origem de um veículo

Ao analisar um veículo, seja em uma compra, vistoria ou consulta, é comum se deparar com o número do chassi — uma espécie de “RG do carro”. Ele está presente nos documentos, em etiquetas, gravações e até mesmo visível em alguns modelos pela parte externa do veículo.

Mas, às vezes, esse número aparece seguido da sigla REM. E isso levanta a pergunta:

Afinal, o que significa "REM"?

A sigla REM vem de "Remarcado". Ela indica que o número original do chassi foi remarcado oficialmente, ou seja, não é mais o mesmo que saiu de fábrica.

Isso pode ocorrer por diversos motivos, como:

  • Corrosão ou desgaste natural da área onde o chassi é gravado

  • Acidente ou colisão grave que exigiu substituição da parte danificada

  • Ação de criminosos que adulteraram o chassi, e depois o veículo foi recuperado e regularizado

  • Substituição de Peça Estrutural: Em alguns casos de reparo, uma parte estrutural do veículo que contém o chassi original pode ser substituída, exigindo a remarcação.
  • Decisão Judicial: Em situações legais específicas, um veículo pode ter seu chassi remarcado por determinação judicial.

Como isso aparece no documento?

No CRLV-e ou consulta online, o número do chassi costuma vir seguido da palavra REM (por exemplo: 9BWZZZ377VT004251REM). Isso já é um alerta oficial de que o veículo passou por uma remarcação de chassi autorizada, feita pelo Detran com registro no histórico.


Fique atento: um chassi remarcado pode ter consequências

Embora a remarcação possa ser legal e devidamente autorizada, ela sempre indica que algo incomum aconteceu com aquele veículo.

É importante:

  • Verificar se a remarcação está registrada no documento
  • Confirmar se foi feita de forma oficial (com selo e laudo do Detran)
  • Investigar o motivo da remarcação — principalmente em veículos usados à venda
  • Consultar o histórico completo em serviços confiáveis


Pontos Importantes sobre Veículos com Chassi Remarcado (REM):

  • Legalidade: A remarcação, quando realizada dentro dos procedimentos legais e com a devida autorização dos órgãos competentes (como o DETRAN), é um processo legal. O veículo remarcado deve possuir um laudo técnico que ateste a regularidade da remarcação.

  • Valor de Mercado: Veículos com chassi remarcado geralmente possuem um valor de mercado inferior aos veículos com chassi original. Isso ocorre devido a uma percepção de maior risco e dificuldade em revendas futuras.

  • Histórico e Procedência: Ao considerar a compra de um veículo com chassi remarcado, é fundamental investigar a fundo o histórico do veículo e a razão da remarcação. Solicite o laudo técnico da remarcação e verifique sua autenticidade junto ao órgão competente.

  • Vistoria: É imprescindível realizar uma vistoria veicular completa antes de adquirir um veículo remarcado para garantir que a remarcação foi feita corretamente e que o veículo não possui outras irregularidades.

  • Dificuldade em Contratar Seguro: Muitas seguradoras podem apresentar restrições ou até mesmo se recusar a segurar veículos com chassi remarcado. Isso se deve a um entendimento de maior risco associado a esses veículos, seja pela possibilidade de irregularidades passadas ou pela dificuldade em rastrear o histórico completo do automóvel. Mesmo que consiga contratar, as condições e os preços podem ser menos favoráveis.

E nunca aceite um veículo com remarcação sem documentação oficial. Isso pode te envolver em problemas sérios com a polícia e a justiça.

A sigla REM pode parecer um simples detalhe, mas na prática, é uma informação valiosa para identificar riscos e evitar golpes. Por isso, antes de comprar, sempre consulte o número do chassi com atenção — e desconfie de quem tenta esconder ou minimizar esse tipo de dado.

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